Política Titulo Obstrução de Justiça
Gilson Machado, ex-ministro de Bolsonaro, é preso em operação da PF

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal)

Da Redação
13/06/2025 | 10:22
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FOTO: Agência Brasil


A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (13), em Recife (PE), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que integrou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e está ligada a investigações sobre tentativa de obstrução de Justiça no inquérito que apura o envolvimento de aliados do ex-presidente em uma organização criminosa.

Segundo as investigações, Machado teria atuado para tentar tirar do país o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. No dia 12 de maio, o ex-ministro foi até o consulado de Portugal, em Recife, para solicitar a emissão de um aporte português para Cid, que está envolvido em diversas apurações, incluindo suspeitas de falsificação de cartões de vacina e articulações golpistas.

A PGR (Procuradoria-Geral da República0, que pediu a prisão e a abertura de inquérito contra Machado, aponta também que o ex-ministro usou suas redes sociais para promover uma campanha de arrecadação de dinheiro em benefício de Bolsonaro, o que levantou suspeitas sobre a origem e o destino dos valores.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou ao STF que, embora a emissão do aporte não tenha se concretizado, o gesto evidencia tentativa de interferência nas investigações em curso. Segundo Gonet, existe o risco de que Machado ainda procure outros consulados para viabilizar a fuga de Cid.

Além da prisão, foram autorizadas buscas e apreensões em endereços ligados ao ex-ministro. A PF procura documentos, anotações, celulares e mídias que possam aprofundar a apuração sobre as ações de aliados do ex-presidente para atrapalhar os processos em andamento no STF.

Gilson Machado é uma figura próxima de Jair Bolsonaro e chegou a integrar o núcleo duro do governo entre 2020 e 2022. Ele também disputou uma vaga ao Senado por Pernambuco, sem sucesso.

A defesa do ex-ministro ainda não se manifestou sobre a prisão.




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