As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa nesta quinta-feira, 12, com as dúvidas sobre a aplicação do acordo comercial entre China e Estados Unidos levando cautela diante da falta de mais detalhes, e renovadas ameaças do presidente Donald Trump a outros parceiros. Além disso, a escalada de tensões no Oriente Médio refletiu no quadro, com empresas de turismo entre as mais penalizadas, mas petroleiras com desempenho forte diante das perspectivas de preços mais altos do petróleo.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,33%, a 549,84 pontos.
De acordo com o Swissquote Bank, considerando o cenário, o otimismo dos investidores "está diminuindo" e há rumores de que a União Europeia (UE) dificilmente á um acordo comercial com os EUA antes do prazo de julho.
Em Frankfurt, o DAX fechou em baixa de 0,71%, a 23.779,07 pontos. Em Paris, o CAC 40 fechou em queda de 0,17%, a 7.762,44 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,58%, a 39.946,45 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve baixa de 0,32%, a 14.088,90 pontos.
O governo norte-americano retirou funcionários do Oriente Médio, levantando especulações sobre uma nova escalada de tensões na região, o que fez com que analistas apontassem para um eventual novo impulso nos preços do petróleo.
Assim, em Londres, BP subiu 1,28% e Shell 0,77%, ajudando a o FTSE 100 a fechar em alta de 0,19%, a 8.881,16 pontos. Cenário semelhante em Lisboa, onde a Galp avançou 1,68%, com o PSI 20 com ganhos de 0,59%, a 7.523,67 pontos.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reiterou nesta quinta-feira que a instituição está bem preparada para lidar com quaisquer choques e mudanças abruptas na economia. "Estabilizamos os preços no nível que esperávamos, estamos dentro da faixa da nossa meta de médio prazo, que é de 2%, e estamos em uma boa posição para ar choques futuros", disse.
Já o membro do conselho do BCE Gediminas Simkus defendeu uma pausa nos movimentos de juros, citando uma "incerteza muito grande" em relação à política tarifária dos EUA. Após oito cortes, "chegamos a um nível neutro, agora é importante manter a liberdade de decisão potencial, sem se comprometer com uma direção ou outra", disse
O Instituto Ifo elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha nos próximos dois anos, citando atividade melhor que a esperada no primeiro trimestre, progresso nas negociações comerciais com os EUA e expectativas positivas para políticas do novo governo alemão. O PIB da Alemanha avançará 0,3% em 2025 e 1,5% em 2026, estima. Antes, as previsões eram de alta de 0,2% e de 0,8%, respectivamente.
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